Quando a minha irmã paulina se decidiu separar (pelas razões que continuam a ser certas) há um ano e meio eu questionei me se seria justo para mim.... na altura havia dúvidas... e agora certamente que tambem haverá... mas não é ela que o tem que decidir... a única coisa que não me parece justo é eu ter decidido em consciencia e ela em incosciencia estar a atentar contra a vida dela.
Mãe sei que aí em cima se não me ouves sei que me sentes... sabes que o fiz por ti, porque realmente o amor que nós temos e tinhamos pelos netos (tu) e sobrinhos, o amor que nos deixava a chorar quando eles saiam lá de casa ao fim de semana essa relação quase doentia que tinhamos com eles, eu continuo a te la.... por nós.... hoje fazem trinta meses que te foste embora, hoje lembrei não mais do que me costumo lembrar de ti, mas de coisas pequenas.... eles falam da falta que lhes fazes eu sei que fazes mãe, não mais do que a mim mas de uma maneira diferente. Eu tento pensar em ti de uma forma serena... sentindo te, não pensando que pensar doi... e ainda doi muito, foi a maneira que consegui de continuar a viver... de conseguis suportar isto tudo, de conseguir continuar a viver.
Já houve uma altura que vivia para ser feliz... agora vivo para fazer alguem feliz. Não me censuro nem penso muito no principe, se tiver que ser será, se não é porque não tinha que ser...sabes mãe... acho que está na altura de criar um cantinho só para ti. Para te dizer tudo o que te queria dizer... para ser naquele filme que vimos as duas uma data de vezes e chorávamos sempre que o viamos "as palavras que nunca te direi..."...
E sim mãe para mim só não foi justo na historia da paulina o facto de ela achar que podia deixar as nossas (minhas e tuas) meninas sem uma mãe na terra... porque uma do ceu elas já teem....
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