sábado, 3 de janeiro de 2009

E hoje...

faltaram me as forças nas canetas, hoje desiquilibrei me... hoje perdi me.... mas hoje ouvi os meus irmãos a dizerem uma coisa que achei que não fosse possivél dizerem:
-Não custa mais a ninguem do que lhe custa a ela....não nos podemos esquecer disso.

E no meio de lágrimas disse por mais que uma vez que me odiava por não ter tido coragem de ter continuado a morar na nossa casa.

-M. tu não sejas parva, eras capaz de estar sentada no sofá e olhares para o lado e não a veres?

-Não....

Mas queria ter tido essa força, sinto me mesmo muito em baixo... porque arrumei as coisas, esvaziámos a casa, mas acima de tudo porque as pessoas que para lá vão, deitaram a cozinha e casas de banho a baixo, e eu tinha a MINHA casa reduzida a escombros quando lá cheguei, as NOSSAS coisas cheias de pó... a cozinha que ela tanto gostava e que eu passei horas dias semanas a escolher, as casas de banho que tambem tinham sido escolhidas com olhos para o futuro, tudo reduzido a pó, e eu realmente não queria, doi me.... doi me pensar na casa assim, doi me pensar como é que alguem autorizou uma coisa daquelas sabendo que ainda estavam lá coisas minhas, coisas nossas e dei realmente conta que aquela era a minha casa e da minha velha quando virei um saco onde estavam os sapatos, e só haviam meus e dela.... estou triste comigo mesmo... mas confesso que não consigo pensar que quando fechar a porta, não vou fechar a porta de casa da minha mãe, mas sim de um monte de escombros, sinto que a desiludi.... desculpa me velha.... olhos que não veem, coração que não sente... podiam ter feito isto tudo depois.... nunca agora, não sei como é que vou conseguir lidar com isto....sinto me culpada....

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